- Diair Portes
Novas pragas agrícolas prejudicam as lavouras no país

Detectadas recentemente por pesquisadores, três novas pragas agrícolas estão danificando plantações de soja, milho e algodão no Brasil, causando perdas expressivas. A descoberta aumenta ainda mais a necessidade de reforçar a defesa fitossanitária no País, além de uma tomada de decisões mais rápida e eficaz por parte dos órgãos competentes, para o controle e erradicação das invasoras.
De acordo com especialistas do setor, “as novas pragas identificadas foram, Melanagromyza sp., mais conhecida como mosca-da-haste da soja; a Helicoverpa punctigera, parente próxima da Helicoverpa armigera; e a Amaranthus plameri, erva daninha bastante resistente aos herbicidas. Juntas, elas podem causar perdas de até 91% nas safras”, destaca a informação.
Para que estas novas pragas não causem prejuízos similares aos da Helicoverpa armigera, é preciso uma agilidade maior do governo, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para liberação de informações.
De acordo com a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), estas novas pragas, incluindo a Helicoverpa armigera, se somam a outras de difícil controle, como a mosca branca, a broca-do-café e a ferrugem asiática (a última, em uma década, já causou prejuízo superior a US$ 25 bilhões).
Outro ponto levantando pela Aprosoja, é que as novas pragas ainda não se enquadram na lista das pragas quarentenárias, ou seja, não estão entre aquelas que o Mapa já fez uma avaliação de risco e concluiu que elas, se entrarem no Brasil, têm um potencial de devastação muito grande.
“Estas três espécies não fazem parte da lista de pragas quarentenárias do Ministério. São espécies desconhecidas, tanto por nossa pesquisa quanto pelos órgãos regulatórios. Portanto, estamos dois passos atrás da praga, porque elas já entraram e só agora estamos tomando conhecimento de que existem”, finaliza a Aprosoja.

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