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  • Diair Portes.

Família Nielsen: De geração em geração


Trabalho com o leite é a principal atividade da família.

Amanda, Rene, Martin, Paulo e Gabriel Nielsen.

Tecnologia e genética podem influenciar a qualidade e o volume do leite produzido em uma propriedade. Por isso alguns produtores vêm optando pelo sistema conhecido como free stall, que é a produção de leite com o gado confinado. Entre os produtores de leite da cooperativa está a Família Nielsen, que na região de União da Vitória foi a primeira a adotar esse sistema de confinamento.

O trabalho é uma tradição da família e foi herdado dos pais, que começaram a leiteria na localidade de Colônia Coronal Amazonas no final da década de 1960. Quando Egon e Eleonora Nielsen, pais de Paulo, Rene e Werner se casaram, eles receberam de presente de casamento das famílias seis animais: a mãe ganhou quatro vacas e o pai duas. E dali em diante iniciaram a principal atividade e fonte de renda da família. Uma vez por semana o casal levava de carroça até a cidade a produção de leite e queijo onde vendiam os produtos. "Começaram com poucos animais, hoje estamos com 300 e 180 deles em lactação, com produção média de 4700 litros por dia", comentam os Nielsen.

Os anos passaram e o trabalho passou dos pais para os filhos Rene e Paulo. A família também tem atividades com lavoura, no cultivo de milho, cevada, trigo, soja, feijão e suinocultura. Werner está mais envolvido com essa parte.

A família comenta que para ter sucesso no meio agrícola é necessário planejamento. No caso do leite, o planejamento tem que ser em longo prazo, entre um e dois anos. E primeiramente antes de ter os animais a necessidade maior é ter o local adequado para colocar esses animais. Além do local a alimentação, uma comida de qualidade é outro elemento importante, juntamente com estruturas adequadas para depois a aquisição do gado leiteiro. “Muitos hoje começam o caminho inverso, mas para ter sucesso com esse negócio é preciso planejamento e organização”, diz Paulo.

A atividade leiteira tem muitos fatores, como a sanidade, conforto animal e nutrição. Quem trabalha com o leite tem momentos bons e também os difíceis. Cooperados da Bom Jesus desde fevereiro de 2014, eles lembram que nos momentos ruins diminuíram a produção, mas não desistiram da atividade. Chegaram a ter um laticínio, mas mudaram o planejamento.

“Estamos investindo na propriedade em equipamentos e infraestrutura. Para a alimentação dos animais fazemos silagem com antecedência de um ano para não faltar comida. Por exemplo: nesta época de chuvas o plantio de milho e outros alimentos para fazermos a silagem vai atrasar e lá na frente isso pode alterar o tempo e a silagem disponível que temos no estoque. Todo o investimento que o produtor faz deve ser voltado para ter uma melhor qualidade do leite, pois futuramente os investimentos voltam com um produto melhor avaliado pela qualidade”, explica Rene.

A meta da família para 2016/2017 é atingir a produção diária de oito mil litros. Para isso os filhos de Paulo, Gabriel e Paulo Martin, e a filha de Rene, Amanda, desde cedo ajudam os pais no trabalho, como eles também fizeram, de geração em geração.

A reportagem completa com a Família Nielsen você confere na próxima edição da Revista Bom Jesus.

Saiba mais...

O Brasil já é o quarto maior produtor de leite do mundo, com 37 bilhões de litros anuais.

47% do leite que exportamos vão para a Venezuela, 7% para a Arábia Saudita, 4% para a Angola e 3,5% para os países árabes.

No Paraná, apenas 6% dos produtores produzem mais de 250 litros de leite por dia.

Fonte: Sistema Ocepar / Gazeta do Povo.

Legado do leite na Família Nielsen. Na imagem Egon, Eleonora, Paulo e Rene Nielsen.

Sistema free stall, a produção de leite com o gado confinado.

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