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  • Felipe Andrade

Soja e milho colocadas 'a prova' nos extremos climáticos do sul do Brasil


Entre uma estiagem severa no Rio Grande do Sul e chuvas que não param no Paraná, a safra no Sul do Brasil entra numa fase decisiva. Apesar das adversidades climáticas, a soja e o milho cultivados na região estão em boas condições. Pelo menos por enquanto.

No Paraná, por exemplo, cuja colheita do ciclo de verão ganha força na segunda quinzena de fevereiro (simultaneamente com o plantio da safrinha), o grande volume de chuva tem beneficiado as lavouras, mesmo com a dificuldade em se fazer os tratos culturais e a eventual ocorrência de doenças, sobretudo as fúngicas. “É claro que a chuva em excesso pode gerar incômodos, mas nesse primeiro momento é muito difícil cravar qualquer coisa, até porque as plantas estão em floração e frutificação [90% no caso da soja e 80% no do milho], que são fases de desenvolvimento em que as chuvas são benéficas. A chuva pode eventualmente prejudicar o trato cultural, trazer doenças, mas agora é difícil cravar”, afirma Edmar Gervásio, técnico do Departamento de Economia Rural (Deral) da secretaria estadual de agricultura.

Em Santa Catarina, a soja não enfrenta problemas: é o milho que desperta preocupações. Com consumo do cereal estimado em 6 milhões de toneladas, impulsionado pela indústria de carnes, o estado consegue produzir, geralmente, apenas metade do que necessita, mas nesta safra nem isso.

O estado espera uma redução de 16% na produção, com menos área e produtividade menor, devido às chuvas esparsas em setembro, no início do plantio, e no início de dezembro. “Em setembro ficamos de 15 a 20 dias sem chuva, o que prejudicou quem plantou cedo no extremo Oeste do estado. Eles estão colhendo agora e a produtividade vai baixar em até 20%”, explica o engº agrônomo da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Haroldo Tavares Elias. “Na região de Campos Novos, houve também 15 dias sem chuva em dezembro, pegou a fase de floração em algumas áreas. Ali, devemos ter 5% de quebra.”

Fonte: Flavio Bernardes, Gazeta do Povo

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