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Lideranças do Sul se mobilizam em defesa do Sistema S


Lideranças empresariais do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul manifestaram apoio ao fortalecimento do Sistema S, durante o Fórum Empresarial, na noite desta segunda-feira (09/07), em Florianópolis (SC). O evento contou com a participação de representantes da Fiesc, Fiep, Fiergs e das Federações do Comércio, Agricultura, Transporte e Sebrae, entre outras entidades do Sistema S, dos deputados Carmen Zanotto e Celso Maldaner, e do presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo do Sul (BRDE), Orlando Pessuti. O coordenador do grupo de entidades representativas do setor produtivo paranaense - G-7, José Roberto Ricken, alertou a todos os presentes sobre a tramitação do Projeto de Lei n. 10.372/2018, que sob o escopo de alterar a legislação penal e processual penal em vigor, propõe, dentre outras medidas, a destinação de 25% do total dos recursos destinados às entidades do Sistema S para o Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP).

Sescoop/PR - Segundo Ricken, que é presidente do Serviço de Aprendizagem do Cooperativismo no Paraná (Sescoop/PR), “além do desvio da aplicação destas contribuições, a redução do orçamento impactará diretamente no apoio aos eventos realizados junto às Cooperativas de todo o Estado, deixando de serem realizados ou sendo minorados. Trata-se de medida que interfere diretamente em serviços que concretizam objetivos constitucionais como a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa”, frisou.

Fiesc - No encontro, foi assinado um documento por todas as federações presentes em defesa do Sistema S. Segundo o presidente da Fiesc, Glauco Côrte, “frequentemente tem havido iniciativas no Congresso Nacional visando incluir os recursos da Sistema S no orçamento da União, o que contraria frontalmente a lei que criou o Sistema S, como contraria também jurisprudências pacíficas do Supremo Tribunal Federal que considera que se trata de recursos do setor privado e que apenas passam pela Receita Federal, mas não se tornam recursos públicos”, explicou Côrte, lembrando que o Fórum Sul também pede apoio no sentido de não haver nenhuma interferência que possa colocar em risco a vigência e o vigor do Sistema S. No Sul, a infraestrutura de atendimento das entidades do Sistema S inclui mais de 650 unidades fixas e mais de 200 móveis. Só no ano passado foram realizadas por suas instituições mais de um milhão de matrículas. Considerando apenas o Sesi/SC, o total de trabalhadores atendidos chega a 464 mil em 2017, com realização de 390 mil procedimentos odontológicos, 625 mil atendimentos em saúde e segurança do trabalho e aplicação de 316 mil doses de vacina”, frisou o dirigente.

Gás para Crescer - Na reunião, também foi defendida a aprovação do Programa Gás para Crescer, que tem o objetivo de dinamizar o mercado de gás natural, com diversidade de agentes, liquidez, competitividade, acesso à informação e boas práticas. “O preço médio do gás natural para a indústria alcançou US$ 14 por milhão de BTUs em julho de 2017, mais do que o triplo dos US$ 4 por milhão de BTUs cobrados nos Estados Unidos, que é o maior produtor e o maior consumidor do combustível no mundo. Uma das causas do elevado custo do gás natural no Brasil é a baixa oferta. Atualmente, o país importa 33% do insumo que consome, pois grande parte da produção nacional no mar (offshore) é reinjetada nas plataformas”, destaca a CNI. Entre 2014 e 2017, a produção offshore, que responde por 80% do total nacional, cresceu 23%, mas a oferta teve uma expansão de apenas 12%. No mesmo período, o nível de reinjeção aumentou 75% e passou de 15 milhões de metros cúbicos ao dia, em 2014, para 27 milhões de metros cúbicos ao dia, em outubro de 2017. "O nível de aproveitamento da produção nacional caiu de 63%, em 2013, para 54%, em 2017", informa o estudo. Isso ocorre porque os custos de transporte dos campos em alto mar para a costa são elevados.

Fundo – Durante o encontro também foi defendida a criação de um fundo para viabilizar recursos voltados ao desenvolvimento do Sul.O coordenador do grupo de entidades representativas do setor produtivo paranaense, José Roberto Ricken, declarou que não é justo o Sul pagar boa parte da conta e não receber nenhum fundo específico para a região. “Acho que é uma injustiça o que o país faz com a contribuição que o Sul dá. Temos que nos organizar para buscar pelo menos uma parte do que contribuímos com a União para o nosso desenvolvimento”, defendeu. Na opinião dele, o Sul tem deficiências, principalmente, em infraestrutura. “O Sul perde muita competitividade em função disso. Estamos mais longe dos centros consumidores”, argumentou. O presidente da Fiergs, Gilberto Petry, lembrou que a criação de um fundo tem o objetivo de resolver os gargalos logísticos e focar no desenvolvimento regional. “A ideia é sensibilizar os representantes no parlamento para que se movimentem nesse sentido, inclusive junto à Presidência da República”, declarou, lembrando que a logística é um entrave. “Terminamos vendendo muitos caminhões e automóveis e esquecemos de fazer as estradas para esse tipo de transporte. Também temos nossas ferrovias que não têm o desenvolvimento que deveriam ter e o próprio sistema de navegação, que é a cabotagem, não é muito difundido aqui no Brasil, assim como as hidrovias são pouco aproveitadas”, completou. (Com informações e fotos da Fiesc e Revista Amanhã)

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