- Felipe Andrade e Tatiane Figura
A única produção de leite 'Tipo A' do sul do Brasil tem fornecimento Fibra

Em matéria de conhecimento e vivência da produção de leite o Sr. Pedro Ivo, de Paula Freitas, cooperado da Bom Jesus, faz questão de dar uma aula. Ele é o único produtor de leite ‘Tipo A’ da região sul do Brasil, ou seja, é o tipo de leite pasteurizado com menor concentração de microrganismos por mL (o valor máximo permitido é de 500/mL). Sua ordenha é feita de apenas um rebanho e não existe contato manual em nenhuma etapa da produção sendo, portanto, 100% mecânica e enviada diretamente para a pasteurização e envase.
Em sua história Pedro conta como começou a produção de leite. “O nome da nossa propriedade aqui é Três Gerações, e ela é em função que são realmente três gerações já. No início essa área era do meu avô, depois foi do meu pai, e hoje é minha. E nós estamos na atividade do leite desde da década de 70, meu pai era um dos sócios fundadores da época de um grupo de produtores que iniciaram com o leite quando se formou a Cooperativa Clac, então desde daquela época estamos na atividade", comenta Pedro.
Um dos grandes destaques na produção é em relação à média de litros de leite. “Estamos produzindo hoje com as Jersey na faixa de 25 L/dia e as holandesas 35 L/dia de média. O grupo I está com 55 L/dia em média”, diz Pedro. O ‘grupo I’ citado se refere as vacas para produção do leite ‘tipo A’, que o tratamento é feito de maneira diferenciada. “Só dá o leite tipo A por esse processo que é ordenhado da vaca, 3 minutos depois ele está com 3°C, e 5 minutos depois ele já está pasteurizado e indo para a embalagem, tudo em circuito interno fechado, sem contato com o ar a medida em que sai da vaca. Por isso ele dá esse leite de qualidade”, afirma Pedro que complementa “nós hoje estamos envazando o leite, fazendo o ‘tipo A’, esse tipo de leite no sul do Brasil nós somos os únicos, mas em São Paulo hoje já tem 14 empresas fazendo o leite ‘tipo A’. E fazemos com uma inovação que é o leite de garrafa de vidro retornável, o nosso leite tem um apelo ecológico porque a garrafa retorna, se troca apenas a tampinha que sempre é nova”, salienta Pedro com enfoque na preservação ambiental. “A validade do leite ‘tipo A’ é de 15 dias, sem nenhum conservante, ele é muito fresco, por segurança estamos fazendo a validade de 12 dias”, destaca o produtor.
O critério para definir quais das vacas do plantel tem condições de fornecer o leite ‘tipo A’ é rigoroso. “Fazemos uma relação dos animais e uma vez por mês vem o técnico que faz o controle leiteiro que retira o leite de cada vaca. Após isso é mandado para o laboratório e nessa análise tem uma das análises mais importante que é são as células somáticas, gordura, proteína, que mostra a qualidade do leite. A partir daí os animais que dão números altos de células somáticas já não vão para o leite ‘tipo A’ e os animais são identificados posteriormente”, afirma o produtor.
No plantel atual ele tem por volta de 200 animais, sendo em torno de 100 animais na lactação, com Jersey e Holandês, e 100 animais jovens. Outro passo importante é o FIV (Fertilização In Vitro) com embriões importados do Canadá e sendo colocado nas melhores vacas com o intuito de aumentar o plantel. “Quando você gosta da atividade e você começa a se interessar pelo assunto, ler e ver os bons exemplos a serem seguidos. Vamos correndo atrás, buscando alternativas e foi o que nós fizermos, eu vivo esta atividade! Já tive atividades fora da minha propriedade, mas não deixei as 4h da manhã todos os dias fazendo ordenha, eu mesmo quem faço isso há muitos anos. Vivendo a atividade a gente busca as soluções e uma coisa amarra a outra, a necessidade de uma máquina, de uma ampliação, investimento na genética, necessidade de agregar valor. Se não você fica fora do mercado, então é muita dedicação, eu diria que o leite precisa em primeiro lugar gostar do que está fazendo e em segundo se dedicar, é trabalhoso, difícil, é um trabalho de dia-a-dia, sábados, domingos, feriados, fazer um parto de madrugada, eu faço isso no dia-a-dia, e faço porque gosto”, ressalta Pedro.
Em relação ao manejo Pedro destaca alguns métodos praticados. “A alfafa verde no cocho eleva o pH do animal e tem um teor de fibra na medida. Eu planto alfafa a mais de 20 anos, e utilizo também o sal do Himalaia em pedra, existe 82 tipos de elementos minerais que o animal necessita”. Outra condição que também favorece uma boa produção dos animais são os alimentos Fibra. “Comecei a usar a Ração Fibra desde que iniciou, agora estamos com a Ração Premium que é muito boa”. Outro destaque fica no suplemento mineral. “O sal mineral é muito bom, fizemos algumas analisei e o da Fibra comprova que é o melhor para o manejo” e completa “a relação custo-benefício dos produtos Fibra garante uma boa produção”, destaca Pedro.
Ser cooperado da Bom Jesus é um diferencial para o produtor. “A cooperativa tem uma outra filosofia que não é só vender, ela sabe que o produtor tem que crescer, tem que continuar comprando e vendendo para Cooperativa e assim se mantém. Quando você tem a oportunidade de comprar de uma outra empresa ou de uma Cooperativa, escolha sempre a cooperativa porque é algo que é seu também”, diz Pedro.
Com um controle de produção e estando atendo as tendências no atual mercado, Pedro mostra como um bom planejamento na propriedade se mostra uma maneira eficaz de garantir qualidade no atual mercado competitivo e garante uma excelente produtividade.

O leite "Tipo A" produzido na propriedade é o único da região sul do Brasil.

No manejo são usadas algumas técnicas, mas a base é alfafa. O uso das Rações Fibra é fundamental.
