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  • Felipe Andrade

Cooperativa Bom Jesus cria Grupo de Alinhamento Estratégico


No dia 4 de outubro, na Associação Recreativa e Esportiva de Funcionários da Bom Jesus (ARES BJ), a Cooperativa reuniu cerca de 50 pessoas para formação do grupo de Alinhamento Estratégico com foco no futuro da empresa. O evento contou com a presença do ex-Presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski.

Na abertura do evento, o Presidente da Cooperativa Bom Jesus, Luiz Roberto Baggio, apresentou aos presentes o objetivo da formação do grupo, que visa discutir com o cooperado os planos de alinhamento para o futuro da Cooperativa, mantendo o posicionamento de transparência sobre as decisões de expansão. Também foi apresentado aos participantes sobre o posicionamento de mercado na qual a Cooperativa está inserida com uma pesquisa elaborada com cerca de 500 cooperados, destacando a segurança que a Cooperativa traz aos agricultores, tanto na comercialização do cereal quanto dos insumos.

Outro ponto abordado pelo Baggio ficou em relação a entrada de novas tecnologias na agricultura e no mundo. Na Bom Jesus, com o TSI (Tratamento de Sementes Industrial), é um novo patamar de produtividades que fica disponível ao produtor, com tecnologias presentes na semente e um trabalho técnico de melhoria na inoculação. Em relação ao mundo, as tecnologias vêm tomando conta em grandes universidades, como por exemplo, os alimentos sintéticos e, com isso, a produção de alimentos com impressoras 3D, que num futuro pode mudar nichos na cadeia de produção de alimentos.

Para Baggio “temos que pensar juntos e ter uma Cooperativa estruturada. A importância de ter uma empresa forte é estar em conformidade que o mercado exige, também em orientação de compliance”, afirma o Presidente.

Após a abertura, João Paulo Koslovski apresentou uma palestra falando de experiências do cooperativismo no mundo e com destaque no Brasil, principalmente com sua experiência frente ao Sistema Ocepar ao longo de 20 anos. João Paulo no início de sua carreira foi Assessor de Cooperativismo na Bom Jesus, numa parceria junto com a Acarpa (hoje Emater), e com isso criou laços de amizades na região, conhecendo bem a Cooperativa. Para ele é muito importante a criação do grupo. “Parabenizo a Bom Jesus pela criação de um grupo estratégico, mesclando jovens e experientes, pois a cooperativa é mais que uma segurança, é uma blindagem ao agricultor. O futuro é amanhã, com isso precisamos de um grupo que fortaleça uma Cooperativa”, destaca João Paulo.

Em uma palestra objetiva e destacando os pontos claros do cooperativismo, João Paulo iniciou falando da história da primeira cooperativa no mundo, seu papel para a sociedade e seus ideais. “Regras claras e firmes vem do histórico do cooperativismo, com clareza nos propósitos e objetivos, pois na história para obter melhor organização, a primeira cooperativa foi criada para alimentação, vestuário, habitação e educação, como objetivos principais”, comentou ele e fez ainda uma correlação com o grupo de alinhamento estratégico. “A Cooperativa tem que apresentar o melhor serviço e vocês não foram chamados por acaso”, afirmou.

Sobre o Paraná, o Sistema Ocepar tem papel fundamental para a construção de um cooperativismo forte. Para João Paulo “o Paraná tem uma história positiva na construção do cooperativismo, na década de 70 foi começado um programa e fez com que ficassem fortes até hoje. Precisamos pensar em ações, pois isso depende do que estamos fazendo em grupo, todos os ramos estão envolvidos na construção do cooperativismo”.

Esse processo de construção de um cooperativismo forte foi iniciado com a presença de outro gestor que passou pela Bom Jesus. Benjamim Hammerschmidt, ex-Presidente da Bom Jesus e do Sistema Ocepar, foi um dos pioneiros na criação da autogestão. Segundo João Paulo, nos anos 80 foi iniciado o processo de autogestão, pois até então o governo que fazia as “auditorias” em torno das cooperativas. Segundo João Paulo “durante o X Congresso Brasileiro de Cooperativismo, em 1988, foi enviado propostas para a base da autogestão e, com a nova constituição de 88, as cooperativas ficaram ‘livres da fiscalização’ do governo, mas aumentou a responsabilidade de cada na sua gestão”. João Paulo também destaca que “a autogestão tem que ser entendida como instrumento de gestão. Cada vez que se faz um relatório onde as cooperativas apontam problemas a Ocepar apresenta pontos para melhoria para as cooperativas, se colocando a disposição. A autogestão não é da Ocepar, é da cooperativa”, afirmou João Paulo.

Pensando sempre numa organização forte do sistema e manter o cooperado com segurança, a Ocepar trabalha na no desenvolvimento do capital humano e acompanha o mercado internamente e externamente. Para o palestrante o Grupo de Alinhamento Estratégico tem o “dever de se antecipar as decisões de mercado com ética, conformidades (atendendo seus serviços com qualidade) e produtos e serviços confiáveis, com definição de estratégias e planejar metas. Precisamos ter foco, disciplina e organização. Criatividade e inovação são fundamentais para avançar”, afirma João Paulo.

Por fim foi destacado o papel da cooperativa e sistema para o cooperado. “Temos desafios como sistema ou cooperativa, como a qualificação da mão de obra do cooperativismo em todos os níveis, formando lideranças, buscando novos conhecimentos para pensar grande. Não precisa ter pressa, mas não pode perder o momento certo”, e deixou um recado aos participantes “vocês estão sendo chamados para compartilhar o processo de futuro”.

A Cooperativa Bom Jesus criou esse novo grupo de discussões para retomar a discussão do cooperativismo, com profundidade de embasamento técnico. O PDGC (Programa de Desenvolvimento de Gestão das Cooperativas) é um aliado com seus fluxos e processos para calibrar a governança dessas lideranças.

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