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  • Felipe Andrade

AGO 2019 III: Ricken destaca que “estamos muito próximos de representar 60% do que se produz no Para


​Durante seu discurso na Assembleia Geral Ordinária 2019 (AGO, José Roberto Ricken, Presidente do Sistema Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná) destacou o cooperativismo paranaense.

Para Ricken “o cooperativismo no Paraná cresceu significativamente nos últimos anos, em 8 anos saímos de um faturamento de R$ 26 bilhões para R$ 83,5 bilhões no último ano. O crescimento médio anual, independentemente das crises, é superior a 10,5%. A economia brasileira estava até diminuindo nos últimos tempos, mas nós crescemos, pois temos organização. Mais gente entrando no cooperativismo, mais de 300 mil paranaenses, boa parte disso, ou seja, 85% veio do crédito. Hoje o crédito cooperativo é a opção para qualquer paranaense participar do cooperativismo. Assim mesmo tivemos quase 5 mil agricultores entrando no cooperativismo”, garante o presidente.

O Paraná é um estado agrícola e o cooperativismo tem papel importante nesse contexto. “Estamos muito próximos de representar 60% do que se produz no Paraná! Isso está vindo dos armazéns das Cooperativas. Isso é importante para nós, mas é uma responsabilidade enorme que temos com o desenvolvimento do Paraná, pois hoje não faz mais sentido falar rural ou urbano, hoje é desenvolvimento regional. E onde tem um projeto viável de cooperativas, tem emprego, tem renda e tem organização, ou seja, estamos no lado certo da economia”, destaca Ricken.

“O ano passado foi desafiador, creio que nunca tivemos tantos desafios quanto nós tivemos no ano passado. Primeiro um ano político, conturbado, um ano de incertezas, isso influencia todos os negócios. Tivemos também outras dificuldades, como por exemplo a paralisação do transporte rodoviário, em maio, que foi chamado de ‘greve dos caminhoneiros’, mas na verdade não era, era uma demonstração clara de exaustão de um modelo baseado quase que exclusivamente em transporte rodoviário, não podemos insistir nesse modelo, temos que investir em novas alternativas e o Paraná tem que despertar para isso. Vamos lutar para que algumas ferrovias possam funcionar melhor para movimentar a produção. Isso nos causou no Paraná um prejuízo de R$ 1 bilhão, em 11 ou 12 dias, se tivesse a duração de um mês estaríamos quebrados e desabastecidos, isso não pode e os novos governos tem que despertar quanto a isso e temos que ajudar nesse sentido”, relembra Ricken sobre as dificuldades que os setores produtivos tiveram.

Em relação a investimentos, o cooperativismo atingiu cifras importante no estado. “Estes desafios foram na restrição de crédito, quem estava mais dependente teve mais dificuldades, também nós tivemos uma elevação de custos nessa área, dificuldade de manter nossos programas de investimento. O cooperativismo do Paraná investe por ano o equivalente a ‘duas Bom Jesus’, até um pouco mais, ou seja, investimos por ano cerca de R$ 2 bilhões. Isso sustenta esse planejamento que o Baggio falou e temos uma meta de chegar à R$ 100 bilhões (faturamento do Sistema Ocepar), isso em 2015 era R$ 50 bilhões, parecia impossível dobrar de tamanho e daqui a dois anos, no máximo, deveremos chegar a R$ 100 bilhões. Então o cooperativismo é moderno, é profissional e nós temos que seguir nessa direção, por isso precisamos ter controle, análises, tem que ter índices, comparativos, por exemplo, ‘sou bom, mas sou bom em relação a quem?’, e a gente estimula isso”, diz o presidente.

Numa visão de futuro, Ricken fala o que espera do atual governo. “O que podemos esperar para frente? O Baggio falou que tivemos uma reunião com a ministra, e graças a Deus temos uma ministra que não precisamos explicar nada sobre o assunto, pois ela entende, a Teresa Cristina é uma profissional, uma empresária do meio rural, era a presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, neste caso foi acertado o nome dela. Na discussão que tivemos algumas estão encaminhadas, então a gente tem que ter uma expectativa geral, acreditar que vamos evoluir, talvez a gente perca alguns benefícios, mas temos que conquistar mais segurança. Talvez o crédito possa ficar 1% mais caro, isso não depende só da produção, mas depende da SELIC, mas temos que universalizar o seguro. Nós temos que ter mais segurança para produzir e suprir essa dificuldade que existe. Acreditamos que estamos iniciando um novo ciclo no país, esperamos com menor intervenção trocando alguns benefícios por progresso e desenvolvimento econômico, a gente espera um desenvolvimento econômico no país. Se crescer esporadicamente, vamos vender mais alimentos e se isso acontecer nosso mercado ficará melhor e mais remunerado. Com isso se nós tivermos desenvolvimento, nós vamos conquistar qualidade de vida, isso não é o governo que dá, não é um benefício que o governo irá distribuir para as pessoas, qualidade de vida se dá com renda e aí está a grande missão do cooperativismo que é organizar economicamente as pessoas para que elas tenham mais renda e com mais renda ela conquiste uma condição social melhor, isso será duradouro. Acho que essa será nossa linha. Se tivermos um rumo, uma linha, seguiremos um rumo profissional e nos daremos bem. Então sucesso a todos e que a safra aqui seja melhor que a de todo Paraná, pois tivemos algumas dificuldades, mas isso trará mais renda para vocês”, conclui o presidente do Sistema Ocepar.

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