Assessoria Cooperativa Bom Jesus
CEBOLA - Cuidados essenciais para uma boa colheita

Na região sudeste paranaense a cebola (Allium cepa L.) é uma alternativa de plantio entre os cooperados da Bom Jesus, com grande presença em regiões como Irati, Contenda e Quitandinha. Ao se afastar da linha do Equador, onde o dia dura por volta de 12 horas ao longo do ano, as horas de luz aumentam no verão e diminuem no inverno, estação que aqui é de curto prazo. Numa breve análise da história, os primeiros registros do cultivo são encontrados no Egito e indicam que há mais de 4 mil anos a cebola faz parte da alimentação do ser humano.
Embora a duração do dia seja o fator principal para indução, formação e maturação do bulbo da cebola, a temperatura interfere diretamente na evolução da planta. A hortaliça até é tolerante ao frio, porém, seu desenvolvimento ganha velocidade sob temperaturas mais elevadas, sendo a faixa de 20ºC a 25ºC adequada para as etapas de cultivo. Acima de 35ºC, no entanto, a bulbificação pode ser muito precoce, um inconveniente do plantio no verão brasileiro.
Para o técnico agrícola da unidade de Quitandinha, Joenilson Faot, "normalmente no mês de abril é feita a semeadura em canteiros para posterior transplante da cebola. Na fase de canteiro ela dura em torno de 45 e 60 dias para realização do transplante". Quando falamos em adubação, segundo o agrônomo, a cebola "é exigente". Para ele, "a cebola é exigente também na saturação do solo, ou seja, que vai definir a parte de calcário, na qual temos que definir padrão de 75% de saturação do solo, o que é mais comum 70% em outras culturas, ou seja, a cebola exige um pouco mais do solo corrigido". Voltando a parte de adubação, para Faot é importante "dar enfase na adubação a lanço ou na semeadora quando é realizado no plantio direto, essa adubação a lanço ela vai ocorrer visando macronutrientes como o nitrogênio, fósforo, potássio e enxofre (com mais prudência no nitrogênio e potássio realizando por etapas) mas dar importância a micronutrientes que a cebola exige, principalmente zinco e boro", pois quando seguida a risca essa recomendação o "boro vai evitar a deficiência do bulbo, com isso mais padronização, e o zinco na parte de enraizamento que a cebola exige", diz Faot.
Outro fator importante para a cultura é a questão de água. "Quando o produtor semeia no canteiro ou faz o próprio plantio direto, ela exige um teor mais elevado no solo de umidade, que não falta água, por a semente ser pequena e mais superficial, e precisa para germinação e ser padronizada". Um ponto importante é em relação ao cuidado em relação a água, pois dependendo da intensidade de chuva o produtor pode ter problemas. "A cebola sofre quando é semeada e acontece uma chuva forte em cima, pois o 'cascão' do solo que fica (pela não absorção de água do solo) acaba interrompendo seu ciclo de germinação e ela não tem força de romper essa camada do solo, por isso o fato de utilizar irrigação na propriedade, mesmo tendo uma umidade na profundidade do solo, para essa parte de cima ficar mais fraca".
Segundo Faot, se tem um otimismo em relação ao mercado de cebola para o produtor rural, por isso "a produtividade elevada na propriedade e mercado bom, se tem um retorno interessante para o produtor, principalmente onde tem agricultura familiar, pois a maioria dos produtores na região planta meio alqueire de cebola, sendo uma cultura que não exige áreas grandes, produzindo em torno de 40 mil quilos por alqueire, aproximadamente".
Para maiores informações sobre essa cultura, consulte os técnicos e agrônomos da Cooperativa Bom Jesus mais próxima da sua residência ou ligue para 41 3622-1515.