Assessoria Cooperativa Bom Jesus
TRIGO II: Cooperados de Irati investem em tecnologia e rendimentos do trigo refletem na soja

O trigo é uma cultura que exige cuidados especiais em todo seu ciclo, mas é um grande aliado em relação a manejo de propriedade. Na região de Irati, o plantio é antecipado em alguns lugares em relação a região de abrangência da Cooperativa Bom Jesus e a tecnologia adotada vem sendo cada vez mais aperfeiçoada.
Helton Konschak, Engenheiro Agrônomo da unidade de Irati da Cooperativa Bom Jesus, comenta o bom momento da cultura. "Aqui em Irati, do pequeno ao grande produtor, fazem grandes investimentos na cultura do trigo, com o objetivo de colher sempre bem, com isso as lavouras são sempre bem feitas, está tudo se encaminhando para ser uma grande safra e o produtor está fazendo a parte dele", comenta Helton. O agrônomo também explica o nível de tecnologia aplicada na região. "Lavouras bem manejadas, com investimento pesado, alguns casos custando mais que um alqueire de soja, com a ideia de reforçar a adubação, manter palhada beneficiando a soja, controle de plantas daninhas, ou seja, a ideia do produtor de investir pensando na cultura subsequente, no caso a soja".
Helton comenta também o manejo na região. "Para quem plantou mais cedo, com pouca chuva, ganhou excelentes níveis de chuvas e já colocou cobertura nitrogenada. O momento é manejar plantas daninhas, de folha larga ou folha estreita, mesmo muitos produtores já fazem o manejo pré plantio, eliminando o banco de sementes das invasoras". Ainda sobre a cobertura de nitrogênio, Helton explica que em algumas áreas o produtor já conseguiu fazer esse manejo, e o produtor não pode perder o ponto exato para isso. "O produtor não pode perder tempo em relação ao nitrogênio, é um ponto crucial nas culturas de inverno, fazer a cobertura bem feita pois é uma gramínea muito exigente e quanto mais coloca, mais colhe", afirma.
Em relação a pragas e doenças, Helton comenta detalhes técnicos. "Como o produtor trabalha com um bom tratamento de sementes, ele tem uma trégua pensando em doença e insetos. Como podemos ver nas fotos, neste caso o produtor já entrou com produtos, como fungicidas e pensando em pulgões para manutenção, pois nos próximos 15 dias pode não aplicar. O produtor 'entra cedo' nesse manejo, acertadamente, pois depois que perfilha, fica mais difícil dos produtos atingirem a parte mais baixa da planta e, consequentemente, como tem vários dados de pesquisa, quanto mais folhas verdes deixar numa lavoura é melhor, pois a pouco tempo se considerava somente a folha bandeira (que ela era considerada uma porcentagem altíssima da produção), mas hoje se fala em folha bandeira mais duas ou três folhas, para que se tenha uma excelente produção. Ou seja, se numa cultura como o trigo que tem 7 folhas, se conseguir ter cinco folhas sadias, se tem grandes indícios de ótima produção, desde que se mantenha em equilíbrio entre outros fatores", afirma o agrônomo.
Helton lembra dos cuidados com oídio, pois "estamos numa região com condições favoráveis a essa doença, e as manchas foliares, mas o tratamento para oídio reduz as chances de ferrugem, então não vejo grandes problemas em relação a isso na cultura do trigo". Segundo ele "nos próximos 30 dias é acompanhamento a campo para planta daninha e cobertura nitrogenada. Para os próximos dias também verificação de pragas e doenças favorecidas pelo clima".
O agrônomo também deixa um recado para os produtores da região que ainda não plantaram trigo na safra de inverno. "Para quem ainda não semeou, é tratar o trigo como qualquer outra cultura de investimento, fazer bem feito! Fazer a nossa parte pensando e trabalhando pra colher bem, isso em manejo de solo, tratamento de semente, entre outros manejos. O intuito é que se na pior das hipóteses o trigo não dar lucro, você terá vários benefícios para cultura subsequente. Terá um grande aporte de nutrientes para no solo, o trigo puxará nutrientes para a soja; a palhada, trabalhando contra plantas daninhas resistentes; o trigo, a aveia branca ou a cevada, tem grandes benefícios para a cultura da soja". Outro detalhe é a propriedade. "Muitas vezes o produtor tem mão de obra ociosa, maquinários em depreciação, então é uma ótima opção como cultura de inverno. E com o passar dos anos notamos que os produtores estão satisfeitos com os resultados do trigo. Este ano em especial, que o cambio elevado também poderá auxiliar para quem saber ter bons preços", finaliza.
A Cooperativa Bom Jesus está sempre a disposição do produtor regional para tirar dúvidas e disponibilizar a equipe técnica para excelentes manejos e buscar grande produtividades.


(Fotos: Helton Konschak)